Poemas
Para classes da 6º ao 9º ano
O objetivo desta oficina é, ao mesmo tempo, sensibilizar os jovens para a problemática do trabalho infantil e aproximá-los da linguagem poética, para que tenham prazer em ler e ouvir poemas e para que se sintam motivados a expressar suas emoções recorrendo à linguagem poética.
A poesia está quase sempre presente em nossas vidas, mas nem sempre a percebemos ou sentimos. Para saborear um poema, é preciso entender sua linguagem. Quanto mais se gosta, mais se entende e, quanto mais se entende, mais se gosta, sobretudo quando não se perde de vista o sentido lúdico da poesia: brincar com as palavras.
Ao professor, cabe intensificar o contato dos alunos com a poesia, orientando-os no sentido de ler e ouvir cada poema, saboreando o ritmo, os sons, as imagens, a disposição gráfica, não apenas uma vez, mas inúmeras vezes e, a cada uma delas, buscando novas descobertas.
Certamente, a observação mais atenta desses recursos trará aos jovens uma compreensão maior da linguagem poética e lhes dará condições para que ensaiem seus próprios passos em poesia.
Quem lê ou escreve poemas lida com sentidos novos e incomuns das palavras e expressões. Por isso, em todas as atividades é importante ter alguns dicionários disponíveis para consulta.
Todos os textos produzidos devem ter um leitor real. Assim, os poemas que não forem escolhidos para o jornal mural devem ser divulgados de outra forma: expostos na própria sala ou reunidos em coletâneas manuscritas ou impressas, e até mesmo ilustradas, acessíveis a todos.
Os recursos poéticos
Muitos são os recursos poéticos: rimas, comparação, paralelismo, personificação, metáforas. Com as atividades aqui propostas queremos sensibilizar os alunos para a problemática do trabalho infantil e incentivá-los a perceber a expressividade da poesia com sua linguagem metafórica, aberta a múltiplas interpretações que emocionam e inquietam o leitor.
Peça aos alunos que leiam os poemas Meninos carvoeiros, de Manoel Bandeira e a letra da música Pivete, de Chico Buarque de Holanda e Francis Hime (Textos 9 e 10). Deixe que comentem livremente e falem sobre os sentimentos despertados. Eles provavelmente serão capazes de identificar o ritmo, as rimas, o jogo de palavras, a mensagem. Em seguida, faça você também observações sobre os poemas.
É provável que não conheçam o significado de algumas palavras. Deixe que tentem adivinhar primeiro. Depois podem recorrer ao dicionário.
No poema de Manoel Bandeira, a palavra carvoeiro é usada algumas vezes na forma “carvoero”. Explique que não se trata de erro ortográfico, mas de uso intencional do autor, expressando o jeito de pessoas do povo falarem, na época em que o poema foi escrito.
Nesses dois poemas, faz-se um paralelo entre o trabalhar (forçado) e o brincar perdido que a criança tenta recuperar na sua dura vida de trabalhador infantil: “apostando corrida, bamboleando”; “agora ele se chama Ayrton.
Sobe no passeio, pega no recreio”... Explore com os alunos os recursos poéticos utilizados pelos autores. Há comparações: “como espantalhos desamparados”; “E tem as pernas tortas e se chama Mané” (verifique se os alunos sabem que se refere ao famoso jogador de futebol Mané Garrincha, que tinha as pernas tortas).
Em outra aula distribua o Texto 11, trazendo os poemas O moinho e o campo de golfe, de Sarah N. Cleghorn e Trabalho Infantil é…, de Michael J. Pasternak (em traduções livres do inglês).
No primeiro, por meio de ironia, a autora mostra uma realidade absurda. Pergunte aos alunos se conhecem situações semelhantes à relatada no poema. O poema Trabalho infantil é…usa diferentes imagens (metáforas) para representar o trabalho infantil: sombra na escuridão, amarelo-violeta de velhos machucados, áspera gravata de seda, vestido tecido de dor… Chame a atenção dos alunos sobre a beleza e a expressividade dessas metáforas.
Em seguida, distribua os Textos 12 e 13, sobre trabalho infantil no campo e nos centros urbanos. Verifique se entenderam os textos, se há palavras desconhecidas. Peça que comentem o assunto lido. Depois, divida a classe em sete grupos e peça para cada grupo reler um trecho referente a: trabalho no canavial, na carvoaria, no sisal, na pedreira, no lixão, na rua e nas residências. Peça aos grupos que tentem criar frases com imagens (metáforas, comparações etc.) referentes ao assunto que estão lendo, assim como Michael J. Pasternak, dizendo de um jeito poético o que está expresso no texto informativo. Inicialmente, crie algumas com a classe toda, para que compreendam bem o que está sendo proposto. Pergunte-lhes que imagens poderiam criar para representar: o perigo enfrentado pelas crianças, o abandono dos estudos, a longa jornada de trabalho, o trabalho forçado e sem remuneração, o trabalho no lixo, o trabalho que exige muito esforço e responsabilidade. Por exemplo: um espinho no pé; o sonho roubado; um dia escuro; uma noite sem fim; beleza tecida de dor. Com essas imagens eles irão compor poemas sobre o tema.
Os poemas serão apresentados primeiro para a classe e os ouvintes farão apreciações e ajudarão
a melhorá-los.
Alguns poemas serão escolhidos pelos próprios alunos para publicação no jornal mural e os demais poderão ser divulgados de outra forma: painéis, coletâneas etc. Mas, antes de serem publicados precisam ser revistos para que não apresentem erros.
A poesia está quase sempre presente em nossas vidas, mas nem sempre a percebemos ou sentimos. Para saborear um poema, é preciso entender sua linguagem. Quanto mais se gosta, mais se entende e, quanto mais se entende, mais se gosta, sobretudo quando não se perde de vista o sentido lúdico da poesia: brincar com as palavras.
Ao professor, cabe intensificar o contato dos alunos com a poesia, orientando-os no sentido de ler e ouvir cada poema, saboreando o ritmo, os sons, as imagens, a disposição gráfica, não apenas uma vez, mas inúmeras vezes e, a cada uma delas, buscando novas descobertas.
Certamente, a observação mais atenta desses recursos trará aos jovens uma compreensão maior da linguagem poética e lhes dará condições para que ensaiem seus próprios passos em poesia.
Quem lê ou escreve poemas lida com sentidos novos e incomuns das palavras e expressões. Por isso, em todas as atividades é importante ter alguns dicionários disponíveis para consulta.
Todos os textos produzidos devem ter um leitor real. Assim, os poemas que não forem escolhidos para o jornal mural devem ser divulgados de outra forma: expostos na própria sala ou reunidos em coletâneas manuscritas ou impressas, e até mesmo ilustradas, acessíveis a todos.
Os recursos poéticos
Muitos são os recursos poéticos: rimas, comparação, paralelismo, personificação, metáforas. Com as atividades aqui propostas queremos sensibilizar os alunos para a problemática do trabalho infantil e incentivá-los a perceber a expressividade da poesia com sua linguagem metafórica, aberta a múltiplas interpretações que emocionam e inquietam o leitor.
Peça aos alunos que leiam os poemas Meninos carvoeiros, de Manoel Bandeira e a letra da música Pivete, de Chico Buarque de Holanda e Francis Hime (Textos 9 e 10). Deixe que comentem livremente e falem sobre os sentimentos despertados. Eles provavelmente serão capazes de identificar o ritmo, as rimas, o jogo de palavras, a mensagem. Em seguida, faça você também observações sobre os poemas.
É provável que não conheçam o significado de algumas palavras. Deixe que tentem adivinhar primeiro. Depois podem recorrer ao dicionário.
No poema de Manoel Bandeira, a palavra carvoeiro é usada algumas vezes na forma “carvoero”. Explique que não se trata de erro ortográfico, mas de uso intencional do autor, expressando o jeito de pessoas do povo falarem, na época em que o poema foi escrito.
Nesses dois poemas, faz-se um paralelo entre o trabalhar (forçado) e o brincar perdido que a criança tenta recuperar na sua dura vida de trabalhador infantil: “apostando corrida, bamboleando”; “agora ele se chama Ayrton.
Sobe no passeio, pega no recreio”... Explore com os alunos os recursos poéticos utilizados pelos autores. Há comparações: “como espantalhos desamparados”; “E tem as pernas tortas e se chama Mané” (verifique se os alunos sabem que se refere ao famoso jogador de futebol Mané Garrincha, que tinha as pernas tortas).
Em outra aula distribua o Texto 11, trazendo os poemas O moinho e o campo de golfe, de Sarah N. Cleghorn e Trabalho Infantil é…, de Michael J. Pasternak (em traduções livres do inglês).
No primeiro, por meio de ironia, a autora mostra uma realidade absurda. Pergunte aos alunos se conhecem situações semelhantes à relatada no poema. O poema Trabalho infantil é…usa diferentes imagens (metáforas) para representar o trabalho infantil: sombra na escuridão, amarelo-violeta de velhos machucados, áspera gravata de seda, vestido tecido de dor… Chame a atenção dos alunos sobre a beleza e a expressividade dessas metáforas.
Em seguida, distribua os Textos 12 e 13, sobre trabalho infantil no campo e nos centros urbanos. Verifique se entenderam os textos, se há palavras desconhecidas. Peça que comentem o assunto lido. Depois, divida a classe em sete grupos e peça para cada grupo reler um trecho referente a: trabalho no canavial, na carvoaria, no sisal, na pedreira, no lixão, na rua e nas residências. Peça aos grupos que tentem criar frases com imagens (metáforas, comparações etc.) referentes ao assunto que estão lendo, assim como Michael J. Pasternak, dizendo de um jeito poético o que está expresso no texto informativo. Inicialmente, crie algumas com a classe toda, para que compreendam bem o que está sendo proposto. Pergunte-lhes que imagens poderiam criar para representar: o perigo enfrentado pelas crianças, o abandono dos estudos, a longa jornada de trabalho, o trabalho forçado e sem remuneração, o trabalho no lixo, o trabalho que exige muito esforço e responsabilidade. Por exemplo: um espinho no pé; o sonho roubado; um dia escuro; uma noite sem fim; beleza tecida de dor. Com essas imagens eles irão compor poemas sobre o tema.
Os poemas serão apresentados primeiro para a classe e os ouvintes farão apreciações e ajudarão
a melhorá-los.
Alguns poemas serão escolhidos pelos próprios alunos para publicação no jornal mural e os demais poderão ser divulgados de outra forma: painéis, coletâneas etc. Mas, antes de serem publicados precisam ser revistos para que não apresentem erros.
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