Para classes da 6º ao 9º ano.
Chuva de palavras: trabalho e seus diferentes sentidos.
No centro da lousa ou quadro de giz, escreva a palavra TRABALHO. Peça aos alunos para falar palavras, expressões ou pequenas frases que possam ser associadas a essa e vá anotando-as na lousa. Em seguida, organize a classe em grupos e oriente-os a formar, com as palavras ou frases anotadas, conjuntos que tenham sentido parecido, obedecendo a um critério estabelecido por eles. Por exemplo: conjunto 1, legal, gostoso, criativo; conjunto 2, chato, exploração,cansativo; conjunto 3, necessário para viver; etc.
Dê a cada grupo uma folha de papel pardo para anotarem os conjuntos formados, verificando se estão agrupados de maneira coerente com o critério que combinaram. Peça que dêem um título a cada conjunto. Terminando, convide-os a apresentar o que fizeram aos colegas e, depois, a afixar as folhas na parede. Na discussão coletiva sobre estas, certifique-se se ficou claro para eles o sentido atribuído ao trabalho (de humanização, alienação e outros), como sugerido no texto mencionado do volume 1.
Observando fotografias de crianças trabalhando.
Peça para observarem as fotos do cartaz 2 e anotar no caderno: a autora de cada foto e o local onde foi tirada; informe que as fotos foram copiadas do livro de Iolanda Husak e Jô Azevedo, Crianças de fibra (Paz e Terra, 2000). Depois, proceda como na orientação para as séries iniciais (acima), explorando mais detalhes: o lugar retratado, a expressão do rosto e do corpo das crianças. Sugira que comparem as crianças das fotos com as que conhecem. Há semelhanças? Há diferenças? Por quê?
Quando terminarem, organize a classe em grupos, propondo que discutam a seguinte questão: É justo crianças e adolescentes trabalharem? Marque um tempo, depois forme um círculo e peça aos grupos para apresentar suas conclusões. Registre as idéias formuladas por eles, pois serão retomadas no decorrer da atividade. Peça também para registrarem em seus cadernos. Aproveite para perguntar na classe se algum aluno trabalha ou se já trabalhou e peça para contar sua experiência.
Deixe-os à vontade para falar, sem fazer apreciações críticas em relação a isso. Mas pergunte a eles por que “resolveram” (ou tiveram de) trabalhar tão cedo.
Finalmente, divida a classe em dois grandes grupos e proponha aos integrantes de um grupo (A) que façam uma entrevista com alguma criança ou jovem (menor de 16 anos) que trabalha e não estuda. Aos do outro grupo (B), que entrevistem uma criança ou jovem que trabalha e estuda (também menor de 16 anos).
Organize com eles um roteiro com as perguntas que irão fazer. Certifique-se de que as questões de jornada de trabalho, local, atividade realizada, condições de trabalho, salário e tipo de empresa sejam contemplados nesse roteiro. Oriente-os a perguntar aos entrevistados que estudam se o fato de trabalhar ajuda ou prejudica o rendimento na escola, explicando as razões.
Também é importante perguntar aos entrevistados dos dois grupos por que trabalham.
Alerte-os para não fazerem muitas perguntas, para facilitar o trabalho de tabulação. Lembre-os de anotar as respostas dos entrevistados e dê um prazo para realizar as entrevistas de modo a poderem analisar os resultados na aula seguinte.
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