Para classes da 6º ao 9º ano
Nessa aula, os alunos irão refletir sobre a maneira como os diferentes segmentos envolvidos com a questão do trabalho infantil o explicam. Retome com eles as respostas das entrevistas que realizaram, trazendo o ponto de vista de crianças ou adolescentes que trabalham.
Exponha à classe, sucintamente, o conteúdo das seções “O que obriga crianças e adolescentes a trabalhar?” e “Efeitos perversos do trabalho infantil” (v.1, p.15-17). Explique-lhes que essa é a opinião dos estudiosos do assunto e da OIT – aproveite para falar um pouco sobre o IPEC e a OIT, as convenções da OIT e a lei brasileira – enfatize o que diz nossa legislação (v.1, p.13).
Pergunte se concordam com essas idéias, se acham que ajudam a entender o problema do trabalho infantil e por quê.
Em seguida, distribua a reprodução do Texto 4 (“Justificativas” comuns para o trabalho precoce). Depois que todos lerem silenciosamente, alguns alunos podem revezar-se fazendo a leitura oral. Aproveite esse momento para tirar dúvidas e explicar palavras desconhecidas. Organize a classe em um círculo e solicite que destaquem as idéias mais significativas do texto. Aproveite para comparar os argumentos falaciosos que justificam o trabalho infantil com as respostas obtidas nas entrevistas. Depois pergunte: De tudo o que aprenderam até aqui, que posição sobre o trabalho infantil é a mais importante para ser defendida: Apoio? Condenação, mas sem se envolver com o problema? Condenação, respeitando as pessoas que são obrigadas a trabalhar, mas se comprometendo a participar de alguma forma da luta contra o trabalho explorador das crianças? Outras idéias?
Trabalho infantil: mito e realidade
Em seguida, pergunte se alguma criança da classe trabalha e se gostaria de falar sobre isso.
Caso ela concorde, garanta que sua fala seja respeitada e sua situação de vida não seja depreciada pelos colegas. Mostre aos alunos que a existência de trabalho infantil entre os colegas só reforça o que foi discutido até esse momento e revela a necessidade de mudanças urgentes nessa situação. (Depois da aula, Informe sobre os possíveis casos à equipe escolar, para contatos com a família e encaminhamento a programas de erradicação do trabalho infantil.) Finalmente, sugira que, em grupos, elaborem cartazes com frases e desenhos a respeito do que pode ser feito pelos governantes, pelos empregadores, pelas famílias, para evitar que crianças e adolescentes precisem trabalhar desde cedo. Junto com eles, afixe os cartazes pela escola ou na vizinhança.
Divida a classe em grupos de cerca de seis integrantes cada e proponha que criem uma história sobre a questão do trabalho infantil em seus diferentes aspectos, para ser encenada.
Oriente os alunos para criar personagens variados, lembrando-se de que há diversos segmentos (tipos de pessoas) envolvidos com o trabalho infantil, além das próprias crianças;
pensar em lugares ou cenários pertinentes – pedreira, plantação de cana, fábrica, casa de alguém, ou mesmo escola, caso um personagem trabalhe e estude; cenas podem acontecer em
diferentes lugares; criar um roteiro para a história, com começo, meio e fim (desfecho); e reler os textos que já receberam, para ajudar a elaborar as falas dos personagens. Articule-se
com os professores de Arte e de Língua
Portuguesa – a Atividade 5 desta última orienta a construção de personagens e cenários.
Marque uma data para a apresentação dos grupos e dedique um tempo de cada aula para os grupos trabalharem na elaboração do roteiro, na definição dos personagens, na elaboração das falas, na montagem dos cenários e nos ensaios. Na véspera da apresentação, promova um ensaio geral na classe, para ajudar os alunos nas dificuldades que aparecerem.
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